Não se pode falar sobre a caipirinha sem falar da cachaça, vale a pena voltarmos atrás no tempo para conhecermos um pouco sobre o álcool e sua origem. Bebidas fermentadas como o vinho e a cerveja, remontam aos primórdios da humanidade. No código de Hamurabi na antiga Babilónia, em 1750 a.c. já se mencionavam proibições para sacerdotisas frequentarem tabernas. Durante séculos a humanidade saboreou bebidas fermentadas, os babilónios com a cerveja, os gregos com o vinho e os índios brasileiros com o caiçuma, uma bebida fermentada a partir do milho.
Foi no século X que Avicena, médico, astrónomo e filósofo árabe, descobriu o processo de destilação do material fermentado. A destilação produz um líquido composto na sua maior parte por álcool etílico. A palavra álcool tem origem árabe "Al Kuhul" que curiosamente significa fina poeira referindo-se ao sulfeto de antimónio, cosmético muito usado pelos egípcios. Posteriormente este termo passou a designar qualquer essência como o álcool. Entre o século X e XII, os alquimistas europeus classificaram o produto da destilação como "aqua ardens" literalmente água que incendiava. A água que ardia, posteriormente, foi obtida com um maior teor alcoólico e foi chamada de "aqua vitae", "eau de vie" em francês e "uisqe beatha" em irlandês. Esta água da vida ou quinta-essência era usada pelos médicos como remédio.
Os livros de história são unânimes em afirmar que o primeiro lugar a produzir aguardente foi a Capitania de São Vicente, onde fica hoje o estado de São Paulo e onde estava instalado o primeiro engenho real de cana. Em 1584, Gabriel Soares faz um relato referindo a existência 8 casas de "cozer mel" como eram chamados os engenhos que produziam a cachaça, muito antes dos ingleses iniciarem a produção de rum, no Caribe, com um processo semelhante.
Pessegosca
Passemos então ao início do século XX. O mundo e o Brasil fevilhavam, os anos 20 eram de agitação cultural, o Brasil achava-se inferior e procurava um caminho próprio. Surgiu o Modernismo Brasileiro, revoltando-se contra as amarras impostas pela Europa. Literatura, pintura e poesia tiveram um nova rota a partir deste movimento, cujo símbolo era a antropofagia, ou seja, "o que é mandado pelos gringos será literalmente comido e absorvido". Acima de tudo o Modernismo valorizava a cultura brasileira. De novo a cachaça entrava em cena para as elites.
Meloa
Melão
Mojito Maracujá -





